
Atrás da sobrancelha
No fundo da retina
Sob a telha
Parado na esquina
Qualquer esquina.
Na entranha recôndita
No azul da alma
Em música bendita
Nas linhas da palma
Da minha palma.
Nas letras que escrevo
Cores que enxergo
Em alto relevo
Nas dores que envergo
Mas não quebro.
És corrente sem fecho
Poro da pele
Fim sem desfecho?
Que o tempo revele
Revele.
Porque não escondo mais.
Sinto.
E digo.