quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Primitiva

Primícias do amor inexplicável.
Afeto em seu primórdio inevitável.
De novo principiante.
Sente arder.
E disfarça privativo ardor.

De repente a primazia:
Esquece princípios.
Salta a privança.
Foge da prisão.
Irradia o instante em raro prisma.

Prima imagem indigesta.
Da tua festa primaz de mim.
Paixão primitiva.
Primor de sentimento.

Privilégio de quem é. E sou.

Primogênito dos homens.
Alvo principal.
Me faz primária.
Me faz princesa.
Brindemos à prioridade.
Sem privações. Ou priscos.

Só primaveras...

4 comentários:

  1. Precisamos ser mais primitivos...

    Òtimo poema, Mariana.

    Muito bem ritmado...

    Parabéns!

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  2. Seus textos apaixonados absorvem toda minha admiração! Primor de texto. Privilégio de quem lê. Excelente a escolha das palavras.

    Parabéns!

    Beijo Mari.

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  3. DESTRUIIIIIIIIIIIIIU nesse. A-ME-I. "Privilégio de quem é. E sou" é sensacional. Congrats.

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  4. Sabe, dona Mariana – permita-me dirigir-me a ti desta forma - gosto quando escrevemos pelas entrelinhas. As palavras fortes do seu texto começam com a letra p. Do título ao último vocábulo. E a palavra palavra se escreve com a mesma consoante ao qual você se espelha nesse momento. Bonita a sua poesia. Mas, se te conhecesse melhor, diria que principiantes, princípios, privanças, prisões, primárias, primogênitos, primaz, primor, privilégio, principal, princesa, privações, prioridades, priscos e primaveras, de nada valem sem amor e sem afeto – e sem arder. Por isso, o Chico colocava açúcar, pra adoçar seu ardor: o seu alvo.

    Até!

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