segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Fragmentos
Chuvisco revela o cheiro da terra.
O sol se esconde cor de rosa.
E vem a lua. Corta o céu com sorriso crescente.
Rastro de estrela aponta o caminho.
Vênus que brilha em minha fachada.
De tão boa, a vida chega a doer, a enjoar,
a cortar, a roçar, a ranger.
Vontade de dar gritos, de ficar no chão, de sair,
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos.
Entre tombos e ausência de amanhãs.
Tudo isto devia ser qualquer outra coisa
parecida com o que penso, com o que sinto,
que eu nem sei o que é.
Fui ao encontro de mim.
Descubro.
Simplesmente eu sou eu.
E você é você.
É vasto, vai durar.
Neste texto, minhas palavras e fragmentos de poemas de mestres das palavras:
Clarice Lispector e Álvaro de Campos.
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gosto de fragmentos, gosto de retalhos.
ResponderExcluirLindo!
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